Tive uma aula na Universidade esta semana que me intrigou bastante. Começamos com um exercício que, a meu ver, seria bastante simples: Definir o que é tempo. Acabamos levando a noite toda discutindo e não entramos em um consenso.
Nunca havia parado para pensar no assunto, e gostaria de compartilhar este pensamento intrigante com quem também nunca o tenha feito. O que é tempo?
Santo Agostinho respondia à este questionamento da seguinte forma: “se ninguém me perguntar, eu sei; Se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei''.
Responder a pergunta para si mesmo pode ser fácil, mas tente transformar este “conhecimento” em palavras para escrever em um papel... É engraçado como o cérebro embaralha e aquilo que você sabia com tanta convicção, simplesmente some.
Na Universidade dividimos esta definição em três visões diferentes: uma definição aos olhos da Filosofia, outra aos olhos da Ciência e a última aos olhos da religião.
A filosofia encara o assunto de duas maneiras principais: O tempo como uma percepção apenas surgida da mente humana (os animais não percebem nem contam o tempo, muito menos qualquer outro objeto inanimado) fazendo com que este surja junto dos humanos e deixe de existir quando os mesmos assim o fizerem. O homem criou o tempo; E uma segunda percepção que diz que o tempo existe desde o surgimento do universo e vai existir até seu fim, independente do homem estar lá para registrar este tempo. Em suma são as teorias dicotômicas de Platão e Aristóteles que nos levaram a estas conclusões.
A Ciência com sua teoria da relatividade de Heinstein comprova que o tempo é variável. Isto mesmo, vinte segundos na terra podem durar 40 segundos em outro ponto do universo (e a diferença pode chegar à escala de anos). A teoria hoje é comprovada por diversos laboratórios de pesquisa e inclusive no nosso dia-a-dia. Os satélites responsáveis pelo funcionamento dos sistemas de GPS aqui da terra possuem relógios especialmente “alterados” em relação ao tempo aqui na superfície para que erros de cálculo não confundam os aparelhos.
Enfim, as diversas religiões também apresentam conceitos de tempo diversos como o tempo cíclico apresentado em algumas religiões reencarnacionistas e o tempo linear dos cristãos e outras religiões.
Como podemos imaginar o tempo? Ele existe ou não? Eis o que penso...
O tempo é a sucessão de eventos que vão nos levando de um ponto no próprio tempo conhecido como passado até outro conhecido como futuro. Este tempo pode ser cronometrado e vai apresentar um resultado diferente dependendo de sua localização no universo: aqui na terra um minuto leva sessenta segundos (apesar que tudo é relativo...).
Assim como a gravidade é a força que impulsiona a expansão do universo, o tempo é a força que impulsiona e torna possível as nossas ações hoje. É como um rio que ao passar pelo moinho o faz movimentar, se o rio parar, ele para. Então acredito que não é homem que com suas ações faz o tempo passar, mas sim, que o tempo ao passar pela nossa dimensão, permite que façamos nossas ações.
Comprovadamente pela ciência, viagens próximas á velocidade da luz fazem com que o tempo diminua seu ritmo para o objeto que viaja. Ou seja, assim como a luz ou o som tem uma velocidade, o tempo tem a sua, e portanto é uma coisa palpável, um fluxo em sua própria velocidade e não algo que não existe.
Viajamos pelo universo em nossa mãe terra á uma velocidade X e então o tempo responde nos dando minutos de 60 segundos. Caso viajássemos em uma velocidade maior, os minutos teriam 70 ou 80 segundos talvez (para este exemplo utilizei a unidade de medida “segundo”, como hipoteticamente invariável). Assim como variaria também a forma como a luz, o som e a gravidade nos afetam.
Nós vemos a luz com os olhos e escutamos o som com os ouvidos, não possuímos nenhum membro que possa “sentir” o tempo como algo visível ou palpável, por isso nossa dificuldade em defini-lo.
Sabe esta sensação que todos temos de que o tempo está passando tão depressa? Eu acredito que uma intervenção (talvez nos aproximamos 20 km de uma galáxia maior) ou talvez uma redução na velocidade de nossa viagem, está fazendo realmente nossos 60 segundos durarem menos... e o nosso relógio cronológico está percebendo a diferença. Nada parecido com a teoria dos psicólogos de que com as inovações tecnológicas existentes hoje, fazemos muito mais coisas em menos tempo, e por isso o tempo parece passar mais rápido (se isso fosse verdade, devia sobrar mais tempo e não faltar tempo...)
Sabe esta sensação que todos temos de que o tempo está passando tão depressa? Eu acredito que uma intervenção (talvez nos aproximamos 20 km de uma galáxia maior) ou talvez uma redução na velocidade de nossa viagem, está fazendo realmente nossos 60 segundos durarem menos... e o nosso relógio cronológico está percebendo a diferença. Nada parecido com a teoria dos psicólogos de que com as inovações tecnológicas existentes hoje, fazemos muito mais coisas em menos tempo, e por isso o tempo parece passar mais rápido (se isso fosse verdade, devia sobrar mais tempo e não faltar tempo...)
Assim acredito eu... e você?